Mulher perde bebê horas após dar
entrada no Hospital de Presidente Figueiredo localizado na região metropolitana
de Manaus
Mais um caso de morte de um bebê
recém-nascido ocorreu por conta de falta de atendimento e estrutura adequada no Hospital
Eraldo Neves Falcão.
Foto Divulgação Internet |
No último domingo (10), nossa equipe
esteve no município de Presidente Figueiredo, localizado na região
metropolitana de Manaus para atender o pedido de uma mãe que ainda muito
abalada sofre com a trágica perda de seu primeiro filho.
Nosso repórter correspondente conversou
com a Jovem Joquebede Martins 19, moradora do município que após o
ocorrido procurou nosso portal para denunciar o caso. Segundo ela tudo começou
na tarde de sexta feira (08), quando começou a sentir dores de parto, logo em
seguida de imediato se dirigiu ao hospital do município em busca de atendimento
e ao chegar no Hospital Eraldo Neves Falcão por volta das 16 horas, e ainda
ficou aguardando sentada na recepção pois no momento o único cirurgião obstetra
da unidade estava ocupado realizando uma cirurgia, ela foi receber o primeiro
atendimento pelo médico por volta das 18 horas.
Logo após o atendimento ela foi
informada pelo médico que a examinou que não conseguiu ouvir mais os batimentos
cardíacos do bebê, e logo em seguida solicitou que ela fosse transferida para
Manaus para passar por procedimentos de ultrassom e retornaria no mesmo dia
para casa.
Durante a viagem para Manaus ela
relatou que dividiu o espaço da ambulância com mais uma outra mulher grávida e que
dessa forma teve que ir até Manaus sentada pois a outra mulher foi deitada,
sendo assim sua situação piorou ainda mais pois o bebe já estava encaixado para
nascer e devido o tempo de viagem, balanço da ambulância e por estar sentada
sentido dores o seu bebê não resistiu.
Ela denuncia que o médico que a atendeu
ainda no Hospital de Presidente Figueiredo se recusou a atendê-la alegando
estar estressado e que por esse motivo solicitou que ela fosse levada para
Manaus, segundo ela e as enfermeiras que acompanharam sua gravidez, disseram a
nossa equipe que seria necessário ser feita com urgência uma cirurgia Cesária
para retirada do bebê logo de imediato, o que infelizmente não ocorreu e acabou
provocando a morte do bebê que estava com 38 semanas de gestação, pouco mais de
8 meses.
Esse não é o primeiro caso de morte de bebes
que deram entrada no Hospital Eraldo Neves Falcão, segundo relataram alguns
usuários da unidade hospitalar ao portal, já houve várias outras mortes de
bebes na unidade de saúde pois médicos do hospital se recusam a fazer partos na
unidade e com a transferência para maternidades de Manaus os bebes acabam não
resistindo.
Ainda
segundo familiares da mulher que acompanharam os procedimentos de parto já em
Manaus no Instituto da Mulher Dona Lindu, Joquebede teve um parto normal
na unidade e que logo após o parto ela nem ao menos pôde segurar em seus braços
sua filha que foi retirada em seguida e levada por enfermeiras, a Avó da
criança a Sra. Fátima Martins relata ainda que viu sua neta nascer viva e que a
enfermeira ainda limpou a bebê e em seguida a levaram para área de refrigeração
de cadáveres. A família também acusa o Instituto da Mulher Dona Lindu de
“negligencia medica pois nem ao menos realizaram nenhum procedimento de
massagem cardíaca ou colocaram o bebe no oxigênio para tentar reanimá-la uma vez que
alegaram óbito do bebê ao nascer”.
“Alguém tem que dar um basta nessa situação,
isso não pode continuar assim bebes morrendo por falta de estrutura ou
negligencia de médicos que eram para salvar vidas”. Diz os pais e familiares
indignados com o ocorrido.